Page 25 - Giz Negro - 2.ª Edição 2024/2025
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abril 2025

                                                 A fada e Apolo




                  Era uma vez uma fadinha contente que vivia com a sua mãe fada,
               que cuidava dela.
                  Todos os dias, a fadinha saía para a floresta.

                  Certo dia, a fadinha estava a caminhar pela floresta e encontra um animal
               ferido. Estava tão exausto e faminto que nem conseguia ficar de pé.
                   A fadinha não hesitou e levou-o para casa.

                  Quando a mãe da fadinha o viu, levou-o para uma cabana que usava como
               hospital  para  ajudar  animais,  mas  também  seres  humanos.  Ao  olhar  para  o
               animal, já deitado na maca, percebeu que nunca tinha visto nenhum “bicho”

               igual e foi pesquisar numa enciclopédia para tentar descobrir que animal era
               aquele.  O  “bichinho”  não  estava  documentado.  Só  podia  ser  uma  nova
               espécie!

                   A  mãe  fada  sabia  que  não  podia  entregar  o  animal  à  Polícia  das  Fadas,
               porque  iriam  colocá-lo  em  cativeiro  e  fazer  experiências  com  o  pobre
               “bichinho”.

                  A fadinha pediu à mãe para ficar com o “bichinho”, mas esta sabia que era
               arriscado  cuidar  de  um  animal  desconhecido,  que  podia  ser  venenoso  ou

               agressivo.  Mas,  não  queria  dececionar  a  sua  fadinha  e  decidiu  mantê-lo  no
               seu  “hospital”,  mesmo  sabendo  que  iria  correr  alguns  riscos.  Assim,  ficou
               com o animal até este melhorar.
                   Depois  de  muito  tempo,  o  “bichinho”  recuperou  e  tornou-se  um  amigo

               precioso  para  a  fadinha,  que  resolveu  batizá-lo  com  o  nome  Apolo.  Este
               tornara-se  muito  forte  e  quando  adulto  protegia  sempre  a  sua  fadinha  dos

               perigos.
                  O tempo passou e passou… e Apolo ficou velhinho. Já não conseguia andar
               e  sentia-se  muito  infeliz.  Era  necessário  arranjar  um  equipamento  qualquer
               para que Apolo pudesse andar. Então, a mãe fada foi até à Cidade das Fadas,

               ao bairro onde moravam as fadas mais ricas e belas.
                   Quando  a  mãe  fada  chegou  à  cidade,  todas  as  fadas  a  olhavam  de  lado,

               falando  mal  dela  pelas  costas.  Apolo,  ao  ver  como  tratavam  a  sua  “mãe”,
               ficou ainda mais infeliz. Decidido, terminou com a sua própria vida, pois não
               aguentava  o  seu  próprio  sofrimento  e  ainda  o  sofrimento  da  mãe  fada  e  da

               sua querida fadinha.
                  E a mãe fada e a sua fadinha olharam para o céu e agradeceram a Deus por
               todos os dias felizes que tinham passado na companhia de Apolo e pelo amor

               que tinham partilhado.
                                                                                  Gustavo Almeida, 7.ºD



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