Page 16 - Giz Negro - 3.ª Edição 2023/2024
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julho 2024
A Ilha de Afrodite
Ulisses empreendeu a sua viagem de regresso a Ítaca e as aventuras sucederam-se.
Só que a imaginação humana é capaz de criar mais algumas. Eis uma delas!
Depois da sua aventura na Ilha dos Infernos, Ulisses embarcou novamente para
concluir a sua viagem de regresso a casa, pois não parava de pensar na sua mulher,
Penélope, e nos pretendentes que o queriam substituir.
Pensando incessantemente na sua mulher, nem se apercebeu do tempo em que
esteve exposto ao sol, que parecia ficar mais quente a cada dia que passava. Como
não conseguia ver o seu reflexo na água, dado que esta estava agitada, decidiu
esperar pela próxima paragem.
Finalmente, avistaram terra. Ulisses desembarcou e procurou ver o seu reflexo na
superfície de um lago. O seu rosto estava vermelho e queimado como já esperava.
Prometeu a si próprio ser mais cauteloso de futuro. Preocupado com o sol escaldante,
a ilha quase passava despercebida a Ulisses…
Mas, Deuses! Que ilha magnífica e majestosa! Ulisses olhou à sua volta tão
maravilhado quanto os seus companheiros. A ilha era coberta de relva fresca, de um
verde bem vivo. Nas montanhas grandiosas, várias espécies de flores coloriam as
encostas. O aroma da ilha, doce e fragrante, lembrava-lhe o perfume de Penélope.
Mas o mais importante era a fachada de um templo que ele já tinha visto nos livros
gregos antigos.
Será que ele estava na Ilha de Afrodite?
De facto, assim era. Entretanto, Ulisses viu uma bela mulher vir ao seu encontro.
- O que te aconteceu, guerreiro?
- Queimei-me com o sol ardente. És por acaso a Deusa do Amor? – questionou
Ulisses ainda incrédulo.
- Acho que se pode dizer isso. Enfim, soube que estavas a pensar na tua mulher
Penélope…
Continua...
Giz Negro / Jornal Escolar 16

