Sob o mote dos “7 Princípios da Literacia do Oceano”, os “Jovens Exploradores da Ciência” do Clube CVnE iniciaram uma viagem pelo oceano através da exploração de pequenos vídeos, que deram origem a conversas bem curiosas e interessantes. Afinal, basta um curto passeio numa praia para constatar que mais facilmente se encontra um objeto de plástico do que uma concha. O lixo de plástico existente no oceano provém, na sua maioria, de fontes terrestres e cerca de 30% resulta de atividades marinhas.

A importância do oceano é inquestionável para a vida na Terra. O lixo no oceano é um problema atual que ameaça o futuro da vida marinha. As nossas ações e escolhas são determinantes, uma vez que o “Mar começa em cada um de nós”! Que produtos de uso diário não devem parar no esgoto? O principal caminho para, por exemplo, resíduos sólidos chegarem no oceano são os rios. Depois de passar pelos rios e chegar ao mar, o que acontece com esse lixo? Atualmente, há 5 ILHAS DE PLÁSTICO NO OCEANO: a do Pacífico Norte, Pacífico Sul, Atlântico Norte, Atlântico Sul e Oceano Índico. Sabiam que a Grande Mancha de Lixo do Pacífico Norte tem 17 vezes o tamanho de Portugal? É uma ilha em que não se pode caminhar! É toda feita de plástico flutuante. Os investigadores estimam que tem cerca de 1,6 milhões de quilómetros quadrados. Mais de 8 milhões de toneladas de resíduos de plástico vão parar ao oceano todos os anos (equivalente a um camião por minuto). É de facto, impressionante!

Os plásticos não se decompõem no oceano. Partem-se em pedaços cada vez mais pequenos dando origem aos MICROPLÁSTICOS (pedaços de plástico com dimensão igual ou inferior a 5 mm). Os contaminantes presentes na água podem aderir à superfície dos microplásticos. Estes podem ser ingeridos e retidos pelos animais filtradores, como os bivalves. Por outro lado, os plásticos de maior dimensão podem afetar os peixes e a vida selvagem por sufocamento, ingestão ou aprisionamento. Cabe a cada um de nós fazer a diferença com simples medidas e atitudes responsáveis. Por exemplo, escolher alimentos não embalados ou aqueles em que as embalagens são BIODEGRADÁVEIS. Entre os vários materiais aplicados na produção de embalagens alimentares, os polímeros sintéticos, normalmente designados por “plásticos”, são amplamente utilizados devido à sua resistência mecânica, fácil processamento e baixo custo de produção. Contudo, o impacto ambiental tem motivado a procura de soluções alternativas. Os BIOPOLÍMEROS têm demonstrado resultados promissores no desenvolvimento de embalagens.

Foi assim que estes “Jovens Exploradores da Ciência” aguçaram a curiosidade, interesse e entusiasmo. Afinal, que recursos, equipamentos e reagentes precisamos para produzir um biopolímero? “Bora lá”, todos com “as mãos na massa” a preparar e a organizar procedimentos laboratoriais para a produção de materiais biopoliméricos! Mas, esta viagem ainda está agora a começar. Até à próxima!

Viva a Ciência! Viva o AESPC!
Ana Cachide / Clube Ciência Viva na Escola
 
 
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