No dia 16 de março, depois da aventura de “Cortar o Pi” com recursos a variados objetos do nosso quotidiano, os “Exploradores da Ciência” das turmas do 6ºA, 6ºB e 6ºC tinham à sua espera outro desafio preparado pelo Clube Ciência Viva na Escola do AESPC e o seu parceiro de atividades - o Projeto CIÊNCIA PARA TODOS (www.cienciaparatodos.pt): a Oficina STEAM "Rodas ao quadrado".
 
Não sabemos quantas vezes a roda foi descoberta, mas sabemos que ela é circular. E sabemos que não é uma mera coincidência! As estradas são geralmente planas. E se tivesse sido descoberta uma roda quadrada? Em que tipo de mundo viveríamos hoje? Será possível um carro andar num chão com lombas? Como teriam de ser as rodas? Vamos construir carros com rodas quadradas para andar numa estrada especial, sem barulho, nem solavancos!
 
Afinal, é possível construir "rodas" com outras figuras geométricas que não o círculo. Mas, para tal, é necessário que a estrada seja especial, feita de lombas (com contornos ciclóides). Ou seja, é possível construir um carro que circule numa estrada com contornos cicloides, desde que as rodas sejam alteradas para outras figuras geométricas, como o quadrado. Quando o carro anda, o centro das "rodas" deve manter-se na horizontal, para que o carro esteja estabilizado. Desta forma, é necessário que o chão tenha partes mais baixas (com contornos ciclóides), onde encaixam os vértices das figuras geométricas. Quanto mais lados possuir o polígono, mais se assemelha à roda como a conhecemos. Por outro lado, não é possível construir um carro com rodas triangulares, pois o vértice do triângulo não encaixa perfeitamente na curva ciclóide.
 
Ideias aparentemente sem sentido podem ter aplicações interessantes. Esta é uma delas. Ora reparem. Para construir um sistema de trilho e roda dentada, essencialmente temos uma roda não circular e uma estrada que se adapta a ela de forma perfeita. Naturalmente, esta estrada será uma barra com um trilho dentado. A tecnologia atual, geralmente, exige uma precisão extrema, pois não há lugar para “folgas”. Pensemos, por exemplo, em dois casos onde este tipo de engrenagem é usado: direções de automóveis e impressoras. Uma pequena imprecisão pode ser fatal para o condutor do automóvel ou para o trabalho em impressão. Ou seja, a Matemática que serve para resolver de "forma disparatada" o problema da “roda quadrada”, é a mesma que permite construir engrenagens que funcionam de forma precisa, silenciosa e suave. Afinal, por mais "disparatada" que possa parecer uma ideia Matemática, é sempre possível que tenha uma aplicação interessante.
 
Viva o DIM 2023! Viva o AESPC!
Ana Cachide / Clube Ciência Viva na Escola / Projeto Ciência Para Todos
 
 
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