Na tarde de quinta-feira de 9 de maio, os "Jovens Exploradores da Ciência" do Clube CVnE continuaram às voltas com as transformações químicas. Estas andam por todo o lado. São transformações químicas muitos dos processos que ocorrem na Natureza, nomeadamente, nos seres vivos, nos solos e na atmosfera. Mas, também se realizam muitas transformações químicas em laboratório ou na indústria, na síntese de novos materiais.

O açúcar é hoje relativamente comum em nossas casas e está presente em vários produtos de consumo diário. Mas, como é produzido? Quais são as suas principais matérias-primas? Antes de existir o açúcar, tal como o conhecemos hoje, existiam apenas duas fontes de sabor doce no mundo: o mel e a cana-de-açúcar. Não se sabe ao certo de onde veio a cana-de-açúcar, mas crê-se que há mais de 20 mil anos, os povos das ilhas do Sul do Pacífico terão descoberto as propriedades e as características desta planta alta, que crescia espontaneamente nas suas terras. No século XIX chega uma nova planta doce: a beterraba. O açúcar foi, ao longo de quase toda a sua história, um produto raro, normalmente um sinal de riqueza e de ostentação quando surgia à mesa. Era ainda utilizado em pequenas quantidades para adoçar as “drogas” produzidas nas boticas, as farmácias da época. Em Portugal a primeira referência que se conhece ao açúcar data de 1339 e, a partir do século seguinte, a Madeira tornou-se um dos grandes centros de produção europeus. Atualmente, o açúcar é conhecido especialmente por ser uma gulodice responsável por várias doenças, entre as quais a diabetes, que atinge entre 8 e 10 por cento da população mundial. Está também a ser utilizado para a produção de combustíveis.

Foi, assim, neste contexto, que a curiosidade, o interesse e a motivação para “saber mais” dos “Jovens Cientistas” do Clube Ciência Viva na Escola se mantiveram ao rubro. Com os diversos materiais e equipamentos bem-acondicionados em tabuleiros, estes exploradores da ciência saíram do laboratório e foram realizar a carbonização do açúcar num local bem arejado. Foi enorme a surpresa e foram muitas as questões que surgiram sobre o que estava a acontecer dentro do gobelé em cima da mesa de pedra no jardim da escola. O que aconteceu? O que é esta estrutura negra que se formou? Que bom momento para conversar sobre as transformações químicas!! Afinal, elas andam por todo o lado e há vários fatores ou agentes que levam à sua ocorrência!

A CIÊNCIA faz bem, é inclusiva e é mesmo para TOD@S!

Ana Cachide / Clube CVnE / PDC-CIÊNCIA PARA TODOS

 

 

 

 

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