“A Química é como a música: pode ser tocada de muitas maneiras, com notas que neste caso são as moléculas, os átomos, os iões, os electrões e respectivas associações. Pode ir de “pimba” a erudita. Pode ir de chata a muito criativa. Pode ter muito de inspiração e menos de transpiração, ou ao contrário. Pode-se oferecer, pode-se esconder e com certeza vender. Quer queiramos, quer não, ela é omnipresente nas nossas vidas, nas nossas mortes, em tudo quanto nos rodeia. Mesmo que se esconda atrás do molecular.” (In “Água quase tudo...e cloreto de sódio: purificação do cloreto de sódio” de C. Teixeira et al, 2007).

Foi assim, com este inspirador e criativo preâmbulo, que as atividades do Clube CVnE da tarde de 16 de maio começaram numa bela conversa sobre a beleza e o fascínio da Química. Uma das atividades que faz brilhar o olhar de miúdos e graúdos é a conhecida experiência “Chuva de Ouro”. Só o nome desperta a curiosidade e retém a atenção e o interesse em “saber mais” e fazer acontecer mais uma sessão do Clube CVnE pelos “Jovens Exploradores da Ciência” deste clube. Munidos de curiosidade e muito entusiasmo, e com os materiais/equipamentos e reagentes necessários, estes jovens exploradores “meteram as mãos na massa” seguindo as regras de segurança e do trabalho laboratorial. Todos queriam fazer “Chuva de Ouro”! Após a precipitação do sólido amarelo (iodeto de chumbo), procederam à sua solubilização por aquecimento da mistura anteriormente obtida. Por arrefecimento à temperatura ambiente, a solubilidade do sólido amarelo diminui e começa a recristalização lenta do iodeto de chumbo. Por isso, podem ser visualizados pequenos cristais brilhantes amarelos que dão uma aparência de “chuva de ouro” espetacular!

No meio deste belo entusiasmo, também, houve tempo para conversar sobre as origens da ciência. A grande aventura da ciência começa quando os primitivos seres humanos buscaram os meios para a garantia da sua sobrevivência no ambiente hostil, na luta pela busca de alimentos, na defesa da vida, na procura incessante de uma qualidade de vida melhor. Quem teria sido o primeiro Químico? Acredita-se que o primeiro Químico teria sido aquele que, em tempos imemoriais, acendeu a primeira fogueira, descobrindo e controlando o fogo. Há registos em cavernas que o Homem (Pithecantropus pekinensis) já utilizava o fogo. O homem primitivo usou o fogo para aquecer e iluminar as cavernas, afugentar os outros animais, produzir transformações tais como a combustão da madeira, a cozedura dos alimentos e para fundir metais como o cobre, a prata e o ouro. Nas civilizações antigas do Egito, da China e da Mesopotâmia artesãos produziram grande variedade de tinturas, esmaltes, vidros, perfumes e metais. De facto, a Química é fascinante e o contributo da Ciência para a sociedade é inquestionável!

A CIÊNCIA faz bem, é inclusiva e é mesmo para TOD@S!

Ana Cachide / Clube CVnE / PDC-CIÊNCIA PARA TODOS

  

 

 

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