O Departamento de Línguas, no âmbito do Projeto Includ-Ed, desenvolveu algumas Tertúlias Literárias Dialógicas, baseadas na leitura e debate de obras clássicas da literatura universal. Estas Ações Educativas de Sucesso (AES) compreendem uma construção coletiva de sentido e conhecimento baseado no diálogo entre todos os participantes da tertúlia.
A professora Olga Salgado realizou uma Tertúlia Dialógica, com a turma 5.ºA com base num excerto da obra “O Principezinho”, de Antoine de Saint-Exupéry. Esta atividade foi realizada online, pois nessa altura ainda estava a ser implementado o ensino a distância. A docente enviou previamente para a Classroom o referido excerto. Numa aula síncrona (MEET) houve lugar à troca de ideias, interpretações sobre a parte preferida do referido excerto, onde cada aluno partilhou com a turma o motivo ou reflexão que o motivou a escolher essa parte. Participou nesta atividade a Professora Assessora, Maria da Luz Melo, que partilhou tal como a docente da turma, no final da aula, a sua interpretação pessoal.
Os alunos manifestaram interesse pela atividade e relacionaram o texto com a sua própria vida e o momento pandémico que estamos a viver.
 
A professora Maria da Luz Melo desenvolveu uma Tertúlia Dialógica Literária no 5º C e no 5º D com o conto “A ovelhinha preta”, de Elizabeth Shaw. Desenvolveu uma outra, só no 5ºD, com o capítulo I da obra “O Principezinho”, de Antoine de Saint-Exupéry. As fases deste trabalho foram:
- publicação dos textos na Classroom das duas turmas para leitura individual;
- fornecimento aos alunos do mesmo texto em suporte de papel, durante a aula escolhida para esta atividade, dado que alguns alunos poderiam ter dificuldades de acesso à Classroom; - diálogo sobre o conteúdo do texto e dos temas que derivam da sua leitura;
- cada aluno partilha, com o grupo-turma, o significado e as reflexões, que os motivaram a escolher aquele parágrafo/excerto do texto escolhido;
- criação de um espaço de diálogo igualitário e alargado a todos, destacando temas pertinentes e fomentando um contacto próximo com textos da literatura universal.
Esta atividade contribuiu para os alunos fazerem intervenções mais espontâneas e autónomas, com tomadas de posição pessoais e assumidas e desenvolveu ainda a sua compreensão leitora.
 
A professora Olga Salgado, na semana de 21 de junho, aproveitando a leitura extensiva da obra adaptada “The Prince and the Pauper”, de Mark Twain, e como atividade de pós leitura, realizou uma Tertúlia sobre a referida obra na aula de Inglês, nas turmas A, B e C do sexto ano de escolaridade.
Os alunos mencionaram a sua parte favorita e justificaram a sua escolha. Escreveram depois frases simples com a sua opinião e publicaram-na num Padlet.
Na turma do 6ºA, a professora Conceição Mendonça propôs a leitura de um excerto da obra "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carroll, numa tradução da autora Carla Maia de Almeida.
A Tertúlia realizou-se no espaço exterior (campo de jogos), onde se sentaram em círculo e em que cada um foi tentando destacar o excerto de que mais gostou ou mais o sensibilizou, justificando a sua escolha.
Os alunos perceberam a dinâmica, mas sentiram alguma dificuldade na argumentação. Perceberam também que para o mesmo excerto, pessoas diferentes interpretam de forma também diferente.
Os alunos revelaram alguma timidez, alguns quiseram registar por escrito o que dizer, outros quase se recusaram a participar, mas à medida que uns e outros foram partilhando, foram--se desinibindo e no final comentaram que gostariam de repetir. Alguns alunos também mencionaram que gostariam de ler a obra completa.
A docente considera, portanto, que se trata de uma estratégia enriquecedora a vários níveis, uma vez que motiva os alunos para a leitura integral de obras clássicas, desenvolve a capacidade de reflexão / interpretação e poder argumentativo, permite o enriquecimento de vocabulário, etc.
 
Na primeira semana de maio, a professora Isabel Silva realizou uma sessão de Tertúlia Literária Dialógica, nas turmas 5ºB, 6ºB e 6ºC, usando um excerto da obra "O Principezinho", de Antoine de Saint-Exupéry, igual para todas as turmas.
O texto foi entregue aos alunos duas aulas antes da sessão, sendo-lhes pedido que assinalassem a parte de que tinham gostado mais.
Os alunos mostraram-se recetivos à atividade e, no dia escolhido para a tertúlia, todos trouxeram o excerto com essa parte assinalada.
O balanço é positivo, pois os alunos mostraram-se envolvidos e entusiasmados por participar numa atividade nova e acharam curioso que alguns colegas tivessem escolhido a mesma parte que eles, mas, por vezes, com justificações diferentes. Não foi possível dispor os alunos em círculo devido às regras da pandemia; com os alunos em círculo e sem máscara a sessão seria, sem dúvida, bem mais interessante.
 
O Departamento de Línguas.
 
 

Criado com o Padlet
Mais uma Ação Educativa de Sucesso do projeto Includ-Ed, grupos interativos, implementada na disciplina de História e Geografia de Portugal pela Drª Rosa Fernanda Salgado, no 6ºB.
 
TESTEMUNHOS:
 
PROFESSORA ROSA FERNANDA SALGADO
Os anos letivos 19-20 e 20-21 têm sido plenos de desafios. Uns, deixam-nos mais pesarosos, porque nos colocam perante o desconhecido, perante realidades que pensávamos terem sido já ultrapassadas pelo avanço da ciência e nos obrigaram a conjugar o verbo confinar mais vezes do que quereríamos. Outros, deixam-nos esperançosos.
Foi o que aconteceu no dia 17 de junho. Perante o desafio colocado pela Direção quanto à implementação de uma nova forma de organização da sala de aula, os grupos interativos, forma de agrupamento inclusivo na qual todos os alunos participam no processo de aprendizagem com a ajuda do professor e dos voluntários, planifiquei uma aula.
Assim, a turma 6º B foi organizada em 4 grupos heterogéneos de alunos, foram convidados 4 voluntários, foram preparadas 4 tarefas. Devido às contingências da pandemia cada grupo permaneceu na sua bolha. O que pude constatar foi um maior envolvimento na tarefa, um aumento das interações que supôs maior participação e cooperação dos alunos. Esta abordagem visa promover e facilitar a aprendizagem, desenvolvendo-se, simultaneamente, no aluno competências pessoais, de autoestima, de autonomia e de convivência.
Trabalhando todos em conjunto, com o mesmo objetivo, poderemos alcançar uma melhor educação para todos.
 
ASSISTENTE OPERACIONAL ANABELA SILVA
Participei, como voluntária, nesta atividade com a turma do 6°B que consiste num projeto inclusivo e ajuda a alcançar o sucesso escolar em todos os alunos, este projeto oferece uma nova oportunidade de aprendizagem.
A experiência com esta turma foi positiva, os objetivos pretendidos foram alcançados, os alunos debateram e partilharam as suas ideias e os seus conhecimentos, notei que estavam felizes com este trabalho em grupo e assim contribuiu para melhorar os resultados dos alunos e reduzir as diferenças de aprendizagem.
 
ALUNOS DO 6.º B
“Tivemos uma nova organização de aula e da matéria que funcionou muito bem.”
“Deveríamos trabalhar mais vezes em grupo.”
“Com os grupos podemos refletir e trabalhar melhor do que sozinhos.”
“Consegui compreender a matéria com ajuda dos colegas que já a compreendiam.”
“A presença do voluntário foi importante porque ajudou muito. Incentivava e ajudava a encontrar as respostas.”
 
 
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Durante o ano letivo de 2020/2021, o Departamento de Línguas colaborou com a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, participando com os seus alunos do 2.º e 3.º ciclos em 4 workshops online, dinamizados pelas Estagiárias Erasmus +, do Projeto Utopia500 do CETAPS, Paula Ginesa, Sánchez Ramón, Anna Wedder, Fayna Sánchez, Desa Maticevic Blanka Orhanovic, Brigitta Zentai: “Act Utopian- How to be proactive and engaged in society”, “ Healthy minds, healthy lives: removing filters from social media”, “Celebrando diferenças: amar-me a mim mesmo, aos meus amigos e família” e “Criando Espaços Divertidos para Aprender”.
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Todos os workshops foram realizados com sucesso e permitiram reflexões deveras interessantes e atuais.
As estagiárias partilharam tela e levaram-nos numa viagem pela sua partilha, envolvendo-nos com questões pertinentes, comunicando em espanhol ou inglês.
No primeiro, “Act Utopian- How to be proactive and engaged in society”, os alunos foram estimulados a refletir sobre o que é ser proativo e estar envolvido na sociedade. Foi muito importante eles perceberem a necessidade de se estar atualizado, verificar fontes de informação, compreender a importância de votar para, desta forma, mudarem o mundo à sua volta e o tornarem um mundo melhor
No segundo, “ Healthy Minds, Healthy Lives: Removing Filters from Social Media”, pretendeu-se alertar para a importância de desenvolver uma autoimagem realista, uma autoestima positiva, estratégias para reconhecimento de conteúdo nocivo e reduzir /evitar o seu consumo. Analisou-se o conteúdo do que os jovens consomem e partilham nas redes sociais e orientaram-se os alunos para a escolha de conteúdo adequado promotor de uma autoimagem saudável e que se adeque à sua faixa etária.
No workshop “Celebrando as diferenças”, refletiu-se sobre os vários tipos de famílias e amizades, bullying inclusive, através da leitura gravada e audição de poemas da poetisa galardoada Ana Luísa Amaral, do seu livro de poemas “Como tu”. O seu objetivo principal foi fazer compreender que não devemos excluir ninguém, pois todos merecemos respeito.
No “Criando Espaços Divertidos Para Aprender” refletiu-se e ficámos a saber como cada aluno vê a escola/ sala de aula ideal. Fizemos uma viagem pela escola ao longo do tempo, do passado ao presente. Depois os alunos representaram em desenho/ ilustração as suas ideias da sala de aula ideal. Entre a lista de desejos ou visualização da sala do futuro encontraram-se os seguintes elementos: mesas maiores, com portáteis para cada aluno; cadeiras confortáveis, tipo “gaming”; mais placards para expor os nossos trabalhos; uma máquina/box com alimentos e bebidas (pensámos muito em comida); livros para ler; jogos; uma grande TV e filmes, entre os quais “Anime”; paredes com cores agradáveis; muita luz; vasos com flores; prémios; castigos engraçados; lições ao ar livre (no meio da natureza) ; uma piscina na escola. No geral, há pontos em comum. Constatámos que gostam muito da ideia de comer e jogar, na escola, ou seja, da diversão.
A estagiária Fayna propôs que os alunos escrevessem a alguma entidade para divulgar as suas ideias, na forma de carta/email, pelo que houve quem escrevesse à Diretora do Agrupamento, e também ao Vereador da Cultura.
 
O Departamento de Línguas.
 
 
 
 
 
Este trabalho iniciou-se em 2019 e pretendia ser uma peça de teatro. Infelizmente as circunstâncias que vivemos impediram esse evento, e por isso este ano foi decidido concluir o projeto numa versão bem mais pequena e digital estando assim disponível a toda a comunidade.

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